terça-feira, 30 de julho de 2013

Perde-se

Perdeu dignidade
A liberdade
Até a virgindade

Perdeu um manto
Um canto
Um santo

Perdeu o pudor
Com dor
O amor

Perdeu assim 
Que nem enfim...
Não pergunte a mim.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Dele, eu quero pouco:
o abraço apertado
o sorriso instigante
o olhar interessado
a sua mão na minha -cintura-
enquanto a gente caminha
por um trilho inventando

quero velar o seu sono
e meu sono velado
que tenhamos segredos
distraiamos o medo
e que deixemos de lado
o que não caiba na mala
de quem parte apressado
quero deitar sobre a relva
sob o céu enluarado
contando coisas de mim
que nunca tinha contado

quero ainda muito mais
pr’além do que os simples mortais
tenham palavra inventado.

Ela

Brinca com a solidão
Desfaz um sonho e faz refrão
Torna sorrisos em lembranças
E perde a paz..

domingo, 16 de junho de 2013

“Non dvcor, dvco."

 




     Empolgados, vândalos, baderneiros, manifestantes que querem apenas atrapalhar o funcionamento "normal" do cotidiano. Descrições equivocadas de indivíduos cegos, que não enxergam nada além do próprio umbigo sobre pessoas, humanos que lutam - ou tentam lutar - por seus direitos.
     É evidente a qualquer um que tenha acompanhado ou pelo menos ouvido falar sobre a explosão das manifestações que elas se deram pelo aumento do preço das passagens de ônibus, trem e metrô. O que não fica evidente ao olhos de quem acompanha só pelas “mídias controladas” é que por trás de 0,20 centavos existem reivindicações e insatisfações muito maiores e abrangentes. É claro, que em diversas matérias, artigos e relatos já se tem especificado isso, de que o caso não foram os vinte centavos, insisto em discordar, foram os vinte centavos sim! Fração de dinheiro que deu força a uma voz que há muito tempo não conseguia mais se calar. 
    Manifestações como a Marcha da Maconha, Marcha das vadias já obtiveram um retorno, não o esperado, mas próximo disso. Tais passeatas não surtiram tanto efeito porque foram muito bem programadas e “avisadas” ao governo, além de adotarem uma postura pacífica. Há sempre o meio pacífico de fazer uma greve, uma petição online, um abaixo-assinado, mas isso surte pouco efeito. O Brasil, por ser um país mais novo, ainda está aprendendo a melhor forma de protestar, assim como os povos da Europa aprenderam. Claro que algumas pessoas se exaltaram demais e acabaram perdendo a razão, mas não a maioria delas como os veículos de imprensa querem que nós acreditemos. Na manifestação de quinta-feira, segundo fontes, o povo pedia paz, e não violência.
    Com a repercussão tamanha dos protestos, vários outros movimentos se organizam e se encaminham a solidificação de uma ideologia. Vamos, Brasil, vamos jovens, vamos adultos, vamos inteligentes e conscientes! “Desculpe o transtorno, estamos mudando o país!”. Como bem diz na bandeira do estado de São Paulo "Non dvcor, dvco”: “Não sou conduzido, conduzo”.


De uma orgulhosa do que estamos tentando fazer!

domingo, 19 de maio de 2013

Oh Dani California,
Repense e Give it Away.
Parece que você não vê que sempre existe um Otherside,
E não vê também a Scar Tissue que você fez aqui dentro.
By the Way, não importa, vamos fugir,
Under the Bridge tem sempre um lugar
Pra cantar The Zephyr Song feita por Pink as Floyd.
Vamos Hump de bump e dance, dance, dance...
Look Around e veja, somos só nós dois and the Snow lá fora.
Se for embora, Tell me baby,
Mas por favor... Don’t forget me




De uma viciada em Red Hot

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

E no começo do ano vem aquele pensamento "Caramba, tudo de novo..", e a gente vai, enfrenta, se acostuma, estuda, bate cabeça, pensa e repensa, revê as escolhas, muda de decisão, volta atrás, persiste, deixa de dormir, se arrepende de ter saído, abre mão de muita coisa.. Guerreiros, batalhadores, e acima de tudo corajosos! Poucos são os que tem peito de enfrentar tudo isso, poucos são os cabeça-feita, que sabem exatamente o que querem.. Vem uma prova, vem outra, quando achamos que estamos bem, estamos mal, e quando não esperávamos nada, puf! Lá vem a esperança de novo! Contudo, mais importante do que recebermos apoio de quem está em nosso entorno, é ter segurança interna, auto-confiança. Mas de onde tirar essa confiança toda? É aqui que vemos quem realmente é forte! Mesmo quem já se decepcionou uma, duas, sete vezes, vai à luta pensando "Eu sou capaz!". Perdemos não para os concorrentes, perdemos para o nosso ego, que muitas vezes não entende que é essencial esquecer o que passou.. Passar, essa é a palavra! Talvez se falássem menos nela, o nosso ano seria mais tranquilo.. Sabem que o normal é não passar, certo? 75% dos inscritos ficam do lado de fora, lutamos contra a maré tentando nos superar, mas sabemos que existem peixes com barbatanas bem maiores por aí..
 E em anos de tanto cansaço, só esperamos a recompensa, uma "mísera" recompensa: ver o nome na lista! Juntar o histórico escolar e toda a papelada e seguir com a mae com o pai com periquito e papagaio pra universidade pra fazer a matricula, e ainda bater uma foto e postar no facebook "O dia em que eu me matriculei", hahaha eu faria! Depois que a gente estiver dentro não vai importar se nos acham estranhos, cabocos, nerds, lesos, o que importa é poder dizer "eu tô dentro!" Ah quando passármos no vestibular.. As cordas vocais vão romper de tantos gritos, as pernas vão ficar bambas e todos os vizinhos vão ser convidados pra festa. 
"Todo o esforço virou recompensa". 


De uma desapaixonada por estudo e futura jornalista ou engenheira.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Mirror

O Velho
Se olhou no espelho
E do outro lado
Tinha um menino
O velho sorriu
O menino também
Ou o menino sorriu e o velho também?
O menino do espelho
Sentia-se encantado
Com o velho saudável
E o velho
Sentia-se maravilhado
Com o menino alegre do espelho
O que importa é que sorriam
Ainda que o velho
Tenha visto um menino no espelho
Ou que o menino
Tenha se visto no espelho
Um velho.



De uma apaixonada pelo bem que o tempo faz...